sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

~ Quase um segundo

Se o tempo parasse naquele segundo para todas as outras pessoas e apenas você estivesse ciente do tempo muitas coisas poderiam ser evitadas. Se você tivesse mais tempo para repensar aquela jogada poderia ter mandado mais exércitos para as fronteiras e conseguiria conquistar a Europa; se tivesse analisado com calma o enunciado da questão, sua nota teria sido mais alta e você já estaria de férias e, principalmente, se tudo estivesse suspenso naquele instante, você poderia conjecturar todas as possibilidades e conseqüências que aquela frase que lhe parecia tão banal poderia desencadear.

O fato é que suas ações, por mais racional que você possa ser, sempre serão fruto do momento, do impulso da ocasião ou daquele pensamento que te aconteceu repentinamente e o jeito é lidar com as futuras conseqüências, por menos trágicas que você possa sonhar que elas seriam. Mas você não é tão bom em pensar dessa forma e tudo o que faz é ficar remoendo o porquê de ter agido daquela forma, de não ter imaginado o que poderia acontecer...

Aí você nota o quão tênue é a linha entre ação e reação, ato e conseqüência e tenta aprender um pouco mais com isso, ainda que sua cabeça e seu coração estejam brigando loucamente com você.

A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz

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