quinta-feira, 17 de julho de 2008

~ Lilith Sellick

Lilith foi a primeira mulher criada por Deus, ao contrário de Eva, que surgiu duma costela de Adão, Lilith foi criada do barro, e rebelou-se por não admitir ficar ‘por baixo’ nas relações. Expulsa do paraíso transformou-se na cobra que tentou Eva. Rege as sete últimas esferas infernais, onde reina a sexualidade mais depravada.


Nascida da união indesejada de uma puro-sangue com um mestiço, é a primogênita de um casal de gêmeos. Não chegou a conhecer a mãe, visto que a mesma morreu no parto, e não teve o que se pode chamar de relação afetiva com seu pai. O homem, diante da morte da esposa, entrou em depressão profunda, definhando por cinco anos até a morte. Enquanto o progenitor estava vivo, residiam juntos, mas sempre auxiliados por pessoas da pequena vila. Após a morte do pai, passou a morar na casa pertencente ao ancião do lugar, homem com quem Lilith aprendeu muita coisa sobre história e magia em si.

A ausência de afeto não só fez com que estabelecesse uma relação bastante estreita com o irmão, como também desenvolvesse grande independência, chegando a tomar as decisões cabíveis ao que restara da família Sellick. Desde cedo se mostrava uma criança arisca, fugindo de perguntas e limitando-se a impor suas vontades e pensamentos quando necessário. Passava boa parte do tempo perambulando pela floresta que cercava o lugar, e graças a isso, até hoje tem uma excelente preparação física, transpondo obstáculos com facilidade.


Como esperado, a carta de Hogwarts chegou, e os irmãos foram estudar na mais famosa escola de Magia do Reino Unido. Tal mudança marcou a primeira grande separação dos irmãos: Lilith, fora mandada para Grifnória, a casa dos corajosos; Anael ganhou morada na casa da sábia Rowena Ravenclaw.

Sempre que possível estavam juntos, fosse na biblioteca, quanto nas próprias aulas e nos jardins. Mesmo popular entre os de sua casa Lilith abria mão de tudo pela companhia do Corvinal, o único homem que lhe importava, até então. Talvez a psicologia possa explicar melhor que eu, mas o fato é que um amor doentil ligava a primogênita ao caçula, que não parecia notar ser o alvo de tanto afeto.

Ao final dos sete anos, Lilith concluíra a escola com NOM’s louváveis em DCAT, Feitiços, TDCM e Transfiguração; enquanto Anael era o melhor em Feitiços, Estudo dos Trouxas, História da Magia e Advinhação. Não tardou para que ingressassem no ministério: Lilith, no escritório de suporte ao Lobisomem, onde via grandes chances de crescer e chegar ao cargo que desejava e Anael, que se acomodou no esquadrão de Obliviadores.

Com o passar dos anos e a competência que demonstrava, a mulher foi promovida, deixando as salas abafadas do ministério e ganhando as ruas, finalmente fora colocada do Centro de Captura de Lobisomens. Vale lembrar que, por ser a única mulher naquele setor, os preconceitos vieram, mas em sua resposta vieram os melhores desempenhos em campo, o que lhe colocou um passo a frente, na chefia daquele centro. Mantinha-se afastada dos círculos sociais, imersa no próprio trabalho e nas pesquisas de Magizoologia que desenvolvia. Morava agora em Londres, junto com o dedicado irmão.

No último ano ocorreram mudanças que ela jamais imaginaria. Em um momento de fraqueza, aproveitou-se do irmão embriagado para satisfazer seus desejos mais sórdidos, com isso ganhou não só uma noite no paraíso, mas também dias no inferno. Achando-se culpado pela situação, o inocente Anael fez em si mesmo o feitiço que melhor realizava: um Obliviate. Pela vã tentativa de lhe impedir, Lilith mudou o curso do feitiço, que ainda assim o atingiu, talvez mais do que deveria. O fato é que toda a memória do homem lhe fora tragada, restando a ele não só um leito no St. Mungus como também a face desconhecida da irmã.

De algum modo os acontecimentos chegaram na distante Panthenaris, para onde Anael fora levado, afastado do convívio da irmã que não ganhou satisfação alguma. A vida de Lilith se resumiu a introspecção e trabalho, até o dia que resolvera resgatar as lembranças de seu irmão no ministério e cruzou com Edgard Tudor.

Num forte confronto de personalidades, entre insultos e até mesmo algumas bofetadas, eis que o autoritário e cheio dos vícios Edgard Delacroix Tudor se apaixona pela nada delicada Lilith Sellick, igualmente apaixonada. Estranho o modo como a vida parecia querer brincar com ela, tinha lhe tirado alguém quem tanto amava, para em seguida dar alguém que mais do que lhe amar moldava sua personalidade de modo a se encaixar com a outra, ainda que sem subtrair nada. Mais do que paixão, a relação dos dois despertou o amor, e infelizmente Lilith soube disso de maneira não muito agradável: Edgard tentara suicídio, frustrado pelo amor que confessou sentir. Desde então, Lilith divide suas horas entre o trabalho e o homem, internado no St. Mungus.


Personagem: Lilith Sellick, 25 anos, Chefe do Centro de Captura de Lobisomens.
Fórum: Hogwarts Courtyard